CANTINHO DOS POETAS


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UMA QUESTÃO DE VISÃO
Fernando Pessoa style = "border-bottom: Médio
 


nowrap style = "font-family: sans-serif";> Onde você vê um obstáculo,
style = "font-family: Arial, Helvetica, sans-serif";> Alguém vê o término da viagem
nowrap style = "font-family: sans-serif";> E o outro vê uma chance de crescer.
Onde você vê um motivo pra se irritar,
style = "font-family: Arial, Helvetica, sans-serif";> Alguém vê a tragédia total
nowrap style = "font-family: sans-serif";> E o outro vê uma prova para sua paciência.
nowrap style = "font-family: sans-serif";> Onde você vê a morte,
style = "font-family: Arial, Helvetica, sans-serif";> Alguém vê o fim
nowrap style = "font-family: sans-serif";> E o outro vê o começo de uma nova etapa ...
nowrap style = "font-family: sans-serif";> Onde você vê a fortuna, style = "border-bottom: Médio
Alguém vê uma riqueza material style = "border-bottom: Médio
nowrap style = "font-family: sans-serif";> E o outro pode encontrar por trás de tudo, a dor ea miséria total. style = "border-bottom: Médio
style = "font-family: Arial, Helvetica, sans-serif";> Onde você vê a teimosia,
style = "font-family: Arial, Helvetica, sans-serif";> Alguém vê a ignorância,
style = "font-family: Arial, Helvetica, sans-serif";> Um outro compreende as limitações do companheiro,
style = "font-family: Arial, Helvetica, sans-serif";> Percebendo que cada qual caminha em seu próprio passo.
nowrap style = "font-family: sans-serif";> E que é inútil querer apressar o passo do outro,
nowrap style = "font-family: sans-serif";> A não ser que ele Deseje isso.
style = "font-family: Arial, Helvetica, sans-serif";> que quer Cada qual o vê, pode ou consegue enxergar.
nowrap style = "font-family: sans-serif;"> "Porque eu sou do tamanho do que vejo.
nowrap style = "font-family: sans-serif";> E não do tamanho da minha altura. "
METADE
Que Uma força do medo que tenho
Não me impeça de ver o que anseio
que a morte de tudo o que acredito
Não me tape os ouvidos e uma boca
Pois metade de mim é o que eu grito
mas a outra metade é silêncio.


Que a música que ouço ao longe
Seja linda ainda que tristeza
que a mulher que eu amo seja pra sempre amada
mesmo que distante
porque metade de mim é partida
E a outra metade é saudade.


Que as palavras que falo
Que Que não sejam ouvidas como prece nem repetidas com fervor
apenas respeitadas como a única coisa
que resta à um homem inundado de sentimento
porque metade de mim é o que ouço
mas a outra metade é o que calo


Que essa minha vontade de ir embora
se transforme na calma e na paz que eu mereço
que essa tensão que me corrói por dentro
Seja um dia recompensada
porque metade de mim é o que penso
E a outra metade um vulcão.


Que o medo da solidão se afaste
que o convívio comigo mesmo se torne ao menos suportável
que o espelho reflita em meu rosto um doce sorriso
que me lembro ter dado na infância
porque metade de mim é a lembrança do que fui
E a outra metade não sei.


Que não seja preciso mais que uma simples alegria
pra me fazer Aquietar o espírito
e mais que o teu silêncio me fale cada vez
porque metade de mim é abrigo
mas a outra metade é cansaço.


Que a arte nos Aponte uma Resposta
mesmo que ela não saiba
E que ninguém tente complicar uma
pois é preciso simplicidade pra fazê-la Florescer
porque metade de mim é platéia
E a outra metade é a canção.


E que a minha loucura seja perdoada
porque metade de mim é amor
E a outra metade também.




DECONSTRUÇÃO
abriste os meus olhos
E ver significou saber que não via,
E agora vendo precisei abandonar a imagem.
Felizes daqueles que ainda conseguem ver ...
Tristes daqueles que por se acharem já não vendo mais nada enxergam.
precisei Desaprender para aprender ...
A arte de me despir me expôs novamente a mim mesmo.
Despi-me das vestes das filosofias humanas.
Apaguei as belas figuras e tornei minha vida num papel branco
E no branco do nada pintado.

















































































VIESTE...

Vieste na hora exata

Com ares de festa e luas de prata

Vieste com encantos, vieste

Com beijos silvestres colhidos prá mim

Vieste com a natureza

Com as mãos camponesas plantadas em mim

Vieste com a cara e a coragem

Com malas, viagens, prá dentro de mim

Meu amor

Vieste a hora e a tempo

Soltando meus barcos e velas ao vento

Vieste me dando alento

Me olhando por dentro, velando por mim

Vieste de olhos fechados num dia marcado

Sagrado pra mim

Vieste com a cara e a coragem

Com malas, viagens, prá dentro de mim