quarta-feira, 31 de março de 2010

UM ACORDO COM O TEMPO!!!



Ele ligou as suas rodas e não há quem possa pará-lo.
Ele vai embora e niguém pode acompanhá-lo;
Vai deixando e vai levando;
Aproximando e distanciando...
Não perdoa reis nem herois;
Ele siranda com todos,
Enrugando e cansando
Vem a vida pertubando,
Dizendo: "eu estou chegando"
Chamando atenção.

Uma hora parece amigo,
Outra hora é tão imprevisível
Que parece um inimigo
Sem temor e compaixão;
Uma hora vem com paz,
Outra hora vem com guerra.
Uma hora com alegria,
Outra hora com lágrimas.

Ó tempo que não dá tempo pra passar!
O relógio precisa dele pra ser visto, são amigos.
Não olhe o relogio!
Não adianta, ele é aliado do tempo.
Não queira voltar atrás!
Acredite! O passado tem complor com ele!
Máquina do tempo? vixe; É ilusão...
É mais uma zombaria inventada
pelo apelo da descoberta do não.

Uma hora ele aparece menino,
Mas amanhã não vejo mais o menino que passou.
Sempre em frente...
Não temos tempo a perder...

Mas por que não para relógio?
Não me faças mais sofrer,
Pois só tenho essa noite logo o sol vai nascer...
Pára de me empurrar, pois eu ja sei andar...
Tudo bem não precisa me lembrar!
Já entendi: tudo vai passar.
Mas você tempo, vai ficar sem se notar...
Por que tu sempre precisas do homem para não morrer
Por que nós é que passamos por tí,
Mas tu não podes saber para onde vais,
por que simplesmente não vais...

Pobre tempo...
Não sabes o que é saudade,
Nem memória,
Nem o que é o tempo...
Não és sem mim...
Necessitas de mim para provar que existe.





Hoje para mim, o tempo não é mais um inimigo, mas um guia turísitco das novas fazes da vida.
"Quando ele pede pressa e acelera, eu disfarço e faço hora... e vou na valsa.
A vida é tão rara! E o mundo vai girando cada vez mais veloz, a gente espera do tempo e o tempo espera de nós, um pouco mas de paciência."

Fiz um acordo có-existêncial com o tempo...
Nem ele me persegue, nem eu fujo dele...
Um dia a gente se encontra.
Deixa o tempo passar!!!

Escrito para viajar... Honorato Neto.

OBS: Inspirado em Eclesiastes 3.

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